terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Corte Real - O bravo farroupilha

Afonso José de Almeida Corte Real foi um militar que se destacou na Guerra dos Farrapos. Nasceu em Rio Pardo em 15 de novembro de 1805. Era filho do Capitão dos Dragões do Rio Pardo Francisco de Borja de Almeida Corte Real. Combateu na Guerra Cisplatina como cadete, participando da Batalha do Passo do Rosario que resultou na independência do Uruguai.
Participou na Revolução Farroupilha, como um dos mais ativos combatentes farrapos, Por ocasião da adesão do coronel Bento Manuel Ribeiro pela primeira vez ao Império, Corte Real, com 27 anos, foi feito coronel da Guarda Nacional. Saiu em campanha com o cunhado major João Manoel de Lima e Silva, ao encalço de Bento Manuel que foi batido em Capané. Deixado no comando de uma tropa para observar Bento Manuel, Corte Real, jovem impetuoso, decidiu atacar o experimentado Bento Manuel sem esperar Bento Gonçalves.
Era excelente soldado portando qualquer arma que fosse, tinha uma fibra notória pelos ideais farroupilhas.
Foi Ministro do Interior da República em Piratini, tendo como escriturário José lgnácio Moreira Filho.
Participou de diversas ações como a Batalha do Seival, sendo preso na Batalha de Fanfa e levado ao Rio de Janeiro como prisioneiro. Recluso no Forte de Santa Cruz fugiu um ano depois em companhia do Coronel Onofre Pires. 
Foi morto aos 34 anos numa emboscada no arroio Velhaco as margens do Guaíba e da Lagoa dos Patos, em 11 de junho de 1840, na casa da fazenda de Marcos Alves Pereira Salgado, por uma força imperial, comandada por João Patrício de Azambuja. 
Segundo uma versão Corte Real teria reagido e sido morto com um tiro na testa, outra versão menciona que confundiu o exército como sendo de Neto e foi morto com um tiro de flanco que lhe atravessou os pulmões e o fez cair morto no corredor da fazenda.
Corte Real está sepultado na catedral da cidade de Viamão e a fazenda onde ele foi morto, hoje chama-se Fazenda Barba Negra.

Fazenda Barba Negra - Barra do Ribeiro - RS
Local onde Corte Real foi morto pelos imperiais